sexta-feira, 1 de agosto de 2008

PRODUTOS


Diferentes
Brancos, Negros
Loiras e Ruivas
2 mais 3 igual 5
dois mais 4 = 6
tanto faz
são =
são raças
são números
Os iguais são iguais.









































Os princípios
São comuns
Os meios diferentes
Os finais
Também são comuns.






































Perguntas
Respostas
Respostas com respostas
Mais perguntas
Todas sem respostas.







































Ideologia não é dogmatismo
Dogmatismo é fanatismo
E o fanatismo
Contrapõe-se a verdade
Eu não encontro à verdade
Por isso sou inquieto e insatisfeito.










































Eu VVVou
EU Sou
O mundo é naDa
Nada è o mundo
Macacos
Para onde v^ vai
Você é o Mundo
VOCÊ é nada
EVOLUÇÃO




































LEIS
TEORIAS
MÉTODOS
SISTEMAS
CIENTIFICISMO
O AMOR É IRRACIONAL
NÃO TEM MÉTODOS DEDUTIVOS.








































Quero somar as causas
Para ver o resultado
Todo o conjunto das causas
Deixa-me longe de teus olhos
Tua voz eu ainda escuto
Terra e lua os corpos
Em órbita
Eu no vácuo
Caindo, caindo
Sem saber a fórmula da lei da resistência do ar








































Eu eterno aprendiz
Aprendiz do nada
Razões que a razão desconhece
Realidade virtual
Realidade
Realidade digital
Realidade
Realidade inteira
Conjunturas
Eu eterno aprendiz




































Causas
Causas
E mais causas forem possíveis
Você efeito
Pagarei quantas vidas pelas causas










































PODER

As aparências enganam
A palavra faltada
Piedade
Brandura
Apenas palavras
A maldade sempre que necessário
Inerência do ser
As meias verdades
São meias verdades
Seja qual for o preço
Pagar
Não despreze o inimigo
Os meios também têm o seu preço






































O Desportista

O homem se dá por inteiro
Doou a vida
A liberdade
A propriedade
Ao estado
Estados das coisas
Monstro que absorve
Os direitos ´por inteiro
Para mim basta é maldade
Não ter propriedade
Que estado é este
Em que eles são inclusão






























Eu te falo
Eu te grito
Esta fala veneno
Na tua saliva
Peças teatrais
A deixa
Eu não peguei
Perdi o trem multicolorido do sonho
Sonho meu
Que bom que você passasse no seu trem e me chamasse






























Cadernos
Linhas
Teares
Palavras
Lindo tecido
Bela poesia
Qualquer coisa que eu sonhar
Caneta








































CHIQUE



O som hipnótico
Hipnose
Bolero em inglês
Miami e Havana
Terno branco
Chapéu Panamá
Deixa-me voar
No violino do cemitério
Garcia, e o amor nos tempos do cólera
Percussão
Com estilo
Um chá às 5:00
Um charuto
Nas águas cristalinas do caribe
Triângulo das bermudas
Triângulo da morte
Eu hipnose






























AREIAS




Formosa pele branca do rio Santa Maria
Pele branca de RS
Mistérios do rio
Mistérios da areias brancas
Eu ainda querendo ser visionário do que nunca vai existir
João Pessoa
Eu passo por vós
910 801
passo farroupilha
redenção já não é mais a mesma
Eu não consigo nadar no rio
Correr no inverno na areia
Formosa ilha
Que nunca mais vi
Meus passos ficaram nas tuas areias
Que o tempo soprou o rastro
Hoje um sonho turvo como as tuas águas Santa Maria
























Flores e árvores
Suave cheiro da noite
Imaginação
Para os jardins
Colheita
De um novo dia






































Pássaros migratórios
Linhas de orientação
O Iceberg segue sua linha a destruição
Orientação para o amor
Carne no frigorífico
Suave o sangue
Frio deste calor.









































DOR





É como perder algo
É como perder alguém
Tenho amor e ódio
A ferida lagrimeja sem parar
Tenho pena de mim
Tenho maldade para comigo
Vontade louca de arrancar meu
Próprio coração com as mãos
E sair correndo, gritando
Num corredor de hospital
Num corredor desta maldita vida


É como me sentir sozinho
É como ma perder de alguém
Tenho paz e guerra
O corte sangra sem parar
Vontade louca de me arrancar
Os pedaços com as unhas, com as mãos
Num cinema
Num círculo maldito dos amores


É como me sentir enforcado
É como me separar do meu corpo
Tenho branco e preto
As cores se misturam sem parar
Vontade louca de respirar, de fazer-me
Ressuscitar com as mãos e sair caminhando
Num jardim, num círculo de coisas que não merecia.










Vidros quebrados
Cacos
É difícil de colar
Volta e volta
Ressuscita
A letra
A frase
A traição
O que partiu
Partida
Pedra esfacelada
Cascalho
É raro de unir
Circula e circula
Renasce
A escrita
A oração
A facada nas costas
O que se foi
Se foi
Será que volta?


























Quero viajar numa bolha de sabão
Jogar-te beijos transparentes
Coração a bater bem levezinho
Para não estourar a bolha
Subindo e descendo
No andar leve do ar
Para cima
Para baixo
A te jogar beijinhos transparentes.









































O nosso amor
É de alma
Que bom saber
Que sou ALMADO



















































Nosso amor bate o queixo
BAH! Que frio tchê!







































Minhas lágrimas correm no rosto
Como corre esta moto










































O sangue escorreu pela cama
Calma!
É vinho !
Virei o cálice deste amor

_____________________________________________________________________________







































Minha poesia é curtinha
É uma de pé.













































----------_____________________________

Não escuto mais a tua voz,
Que já fica difícil
Dizer como é

Já não sinto o teu cheiro
Que fica impossível identificar
Se eu tivesse um pouco de razão,
Talvez pudesse
Quem sabe
Olhar-te nos olhos
Escutar-te
Cheirar-te
Beijar-te
Comer-te
E te deixar um pedaço da minha orelha
E sair correndo, gritando pelos campos.































Se eu te esquecer
Não sei mais para onde ir
Ficarei perdido
Se eu te esquecer
A vida não tem mais sentido



Se eu te esquecer
Não poderei ficar a imaginar
Como eram os teus beijos, a tua pele, o teu sorriso

Se eu te esquecer
Não posso imaginar
Como seria o dia do reencontro

Se eu te esquecer
Não ficaria mais a pensar
Todos os dias o teu nome

Se eu te esquecer
Não ficaria mais a pensar
Todos os dias o teu nome

Se eu te esquecer
Tudo será nada e tudo nada terá mais sentido.

Viverei por você
Vivo por você
Pensando em você
















Quando estiveres com outro
Com outro corpo
Estarei recordando os teus beijos
Estarei recordando as ruas
E o nosso eterno inverno
Viverei em você
Mesmo sabendo que não mereço
Mas eu viverei em você
Penando em você
Pensado no inverno
Mesmo que você não queira
Uma parte tua vive em mim.
Pensando nos nossos beijos
Pensando no nosso inverno
E nas ruas frias de um tempo que passou.




























O TEMPO... __________________... passou.














































Mata-me
Mata-me
Já levaste a minha dignidade
Eu não quero viver assim
Eu não te sirvo
Mata-me.







































Viver para quê?
Se não é para sorrir
Viver para quê?
Se não é para amar
Viver para quê?
Se não é para admirar o belo
Viver para quê?
Se não é para sonhar.




































Algo de você
Chegou a mim
Teu amor fez uma ferida
Tudo que é bom
Na mesma quantidade é ruim
Pouco durou o bom
Mas foi muito bom
Muito dura à ferida mas dói muito
E todos os dias
Você chega a mim
Até quando vai durar esta ferida?











































Às vezes acho que pensas em mim.
Às vezes acho que todo o fim não tem fim
Às vezes acho que morrer é transmutação
Às vezes te vejo na sala de casa dançando
Às vezes te vejo com um mapa da cidade procurando minha casa





































Nossa vida foi uma bolha
De sabão que explodiu.










































Vagavas no ar,
Levitavas no espaço,
Perdias os sentidos
Com isto basta.











































Existem recordações que não vou apagar
Pessoas que não vou esquecer
Existem sabores que não vou esquecer
Existem aromas que não vou esquecer
Coisas que quero levar silencioso
Prefiro esquecer o som da lua
Prefiro esquecer o som das pétalas caindo do céu
Mas tem coisas que eu
Quero levar comigo, chorar, amar, desejar.








































Eu vi teu coração brilhante
Eu vi o segredo do fundo do mar
Eu vejo a física quântica
Que tudo eu posso acreditar
Ainda quero ver o segredo do fundo dos céus, mistérios que
Levarei comigo
O maior mistério é saber
Que vamos brilhar
Só não sei quando.






































Vendi as minhas ilusões
Fiquei atirado na areana
A lua a me condenar
Vozes vivas
Tu nunca vais ver minha poesia
Vejo a tua cara na lua


A onde tu te escondes?
Sei que através do tempo
Uso-te como inspiração
Quero uma explicação
Tudo faz lembrar de ti
Atirado na arena
A lua reflete o eco
Da minha boca a te chamar.































Quando abro os olhos de manhã
Recordo-te
Por um segundo, te recordo
Desculpe por te recordar demais,
Desculpe por te recordar sem te pedir licença
Desculpe por te recordar na rua,
Nas palavras que digo.
Não recordo mais a tua voz,
Não recordo mais tuas piadas,
Não recordo mais teus beijos.
Faz tanto tempo, que hoje
Não vale mais nada.
O mais profundo é a
Marca de teu amor.
Recordo-te
Todos os minutos do dia
Por um segundo.
Não recordo mais o teu rosto
Não recordo mais as tuas glórias,
Não recordo mais as tuas vitórias.
No céu eu ando por um segundo.
Recordo-te,
Por um segundo.
















Teus cabelos nos meus dedos
O tempo consumiu.
Já não tenho cartas para jogar,
Já não tenho endereço para mandar as cartas
Velhas ilusões.
Como estás?
Já não sei o sentes.
Será que a poesia é ilusão?
Será que a poesia é uma brisa na primavera?
Eu fico velho neste tempo, triste tempo.
Teus cabelos nos meus dedos
O tempo consumiu.
Velhas ilusões.
Como estás?
































Ainda recordo certas frases tuas.
Espero que nunca saibas que ,às vezes choro sozinho pelos cantos.
Escuto tua voz no silêncio.
Tenho ódio do silêncio.
Abre a minha camisa , olha o meu coração.
As sombras do silêncio me fazem voar.
Ainda te encontro.
Vou te olhar nem que seja de longe.
Olha o meu coração.
Às vezes choro sozinho fazendo poesia.






































O violino,
A cidade grande, as avenidas,
Uma flor que desabrochou
Desabou o meu pensamento.
Medo.
Medo por uma esquina da capital.
João pessoa
Recordo-te.
Aí! Cadê a minha vida,
Fui assaltado, roubado.
Loucos pelas esquinas,
Voando em nuvens de plástico,
Manicômios.
Sinto a tua alma roubando, enlouquecendo a minha.
À noite em que te ver,
Vou sair gritando que a noite é nossa.
O velho Porto,
Porto dos casais.
Eu peço que nunca isto aconteça.
































Azulejos de Portugal
Trincheiras Farroupilhas abaixo do teu apartamento
Quantas músicas irão morrer na madrugada?
Canhões, tiros, gritos, degolas.
Corações partidos
A velha cidade
De espuma do rio
De amores e cruzes
A velha revolução
Ressurge no pensamento dos viadutos















































Um milhão de estrelas
Tudo é igual
Contigo todo o dia era uma louca manhã diferente
Sentado numa nuvem
Vejo os pedaços de poesia
Não fui culpado
Tribunal, julgado, exilado
Agora quanto tempo
E se de repente surgires
Numa mesa de bar
Não estrago minha vida
Não estragas tua vida
O banheiro do bar
Vai ser testemunha
Do meio e do fim
Desta nuvem de ilusão.





















Só peço a Deus
Que eu nunca te esqueça
Só peço a Deus
Que me perdoe pelo que te fiz em um segundo
Mas se Deus quis assim
É porque deveria ser
Mas se Deus quis assim
Era para que nossas vidas
Ficassem separadas
Mas se Deus quis assim
Era porque eu não te merecia
Mas se Deus quis assim
Era porque tu não me merecias
Mas só peço a Deus
Para te ver mais uma vez.






























RECADO A ARIAM

Ariam e eu andávamos perdidos
Nos encontramos no círculo
De uma pracinha infantil
Na segunda feira de tarde
Ariam chega em minha casa, de táxi
Com um mapa da cidade nas mãos
A primavera chegou
Eleições, lutas
Nós sempre juntos
Montevidéu
Matogrosso
Comprei uma espada em Porto Alegre
O inverno aula matada
O aeroporto
A mentira
Explosão
Ariam chorando
Ariam sai correndo pelas ruas
Que este outubro nunca mais volte
Em um carnaval te vi passando
E
Nunca mais te vi.
Sei teu endereço
Não faço outra coisa que pintar
Que escrever
Monumento ao pracinha
Redenção
João Pessoa
Loucos corações divididos
Como andas Ariam
No círculo da pracinha infantil?













Buenos Aires ta chorando
Corro as ruas
E nada
Nada mais
Ilusão é só ilusão
Quando a gente se defronta é tudo diferente
Ilusão é só ilusão
Outro alguém no nosso caminho
Buenos Aires segue chorando






































Não sei mais estes anos o que fizestes
Já paguei o tempo para você conceder
Outra vez o teu coração
Se isto não acontecer prefiro morrer.

Não sei mais estes anos o desejastes
Já chegou o tempo de novamente conviver
Outra vez o teu coração
Só quero os teus olhos, ler saber
O que será?
Da ilusão que eu guardei
Da ilusão que eu sonhei


































As marcas dos nossos pés ficaram nos lugares que andam
Não podes dizer para o teu pensamento que esquecestes
Por toda a vida andarei contigo
E assim, em novos lugares vamos deixando nosso rastro pelo chão
Por toda a vida andarei contigo
No silêncio do quarto escuro
E assim, nem tu saberás o que me dizes no silêncio do quarto escuro do meu pensamento
Talvez se te visse
Poderia fugir do silêncio, do escuro
E aí sim!
Sem deixar rastro
Continuar a andar

































O nosso alimento é a ilusão
E de repente
A indigestão
A gente não foi feita para a indigestão
Para a derrota









































Sonhar não é culpa da gente
É culpa dela!
Sonhar em descobrir novas terras
Terras iguais a nossa
Em todo o sentido isto não existe
E assim, segue o barco da vida
A sonhar que um dia a tempestade vai passar
E novas , velhas terras irão surgir.







































Erro... ...errei
Meus amigos também erram
Eu até quando?
O erro
O tempo me deixa menos transparente
O tempo me faz engolir coisas que antes nem imaginava
Assim menos erro
Errei em não saber engolir
Até hoje procuro corrigir
Errei...


































Como vou pedir para morrer
Se não tenho a vida
A vida só terei
Quando na volta e meia da esquina te cruzar
Então, depois, aí sim
Porque não morrer.




_______________________________________________________________________



































AMIZADE


Como vou ser teu amigo
Amigo sem carinho
Não vale a pena.
É por ti
Que eu não preciso tomar Diazepan
Foste a minha vida

E tudo foi mentira
Eu tenho raiva
Porque não te encontro
Na esquina,
Eu tenho raiva
Porque não sei o teu pensamento
Não consigo ver teus olhos os teus olhos
Acho que tudo foi mentira
Ninguém representa tão bem


Como vou ser teu amigo
Amigo sem carinho
Só um beijo
Um beijo de despedida
Um beijo de recomeço
Ou um beijo de recompensa
Pelo meu tempo perdido sem você
Não quero ser teu amigo

Só quero te ver outra vez na vida
































Nada é por acaso
A gente se entrega ao acaso
E o acaso faz o resto










































PARA ANGELA


Muitas mulheres eu vivi
Muitas mulheres eu existi
Muitas mulheres eu fui
Só vós sois o Pai, o Filho e o Espírito Santo
Só tu eu vivo
Só tu eu existo
Só tu eu sou
Só tu AMÉM.








































UMA FRASE;

Amaldiçoou o destino que nos dividiu.































Obrigado
Pelo beijo que desejei e não dei
Obrigado
Pelos momentos de solidão
Obrigado
Por me sentir mortal
Morrendo de amor
Obrigado
Pela poesia que eu faço
Obrigado
Pelo desejo que se evaporou
Obrigado
Por ter existido um dia em minha vida

































_______________________________________________________________________





Posso ficar louco
De tanto pensar em ti
Tenho dor de cabeça
E já não como
É essa mulher que leva
A ser velho
Outra vida
Quero para viver mais tranqüilo
Gostaria de não ter vivido
Gostaria de não ter feito o que fiz
E assim, viver sem dor de cabeça.






































Quantos cigarros já fumei
O telefone não toca
Gostaria de te pedir perdão
Já não sei quem foi o pior
A tua traição
Ou a minha expectativa de te encontrar




































Dentro da gente
Um nem que seja sempre tem
A casca é grossa
A gente acha estranho
Como pode
Aperta-se quebra
A gente sempre trata com carinho
Se passar o tempo fede
Fede muito
Já serviu para mostra um
Novo mundo
Também a gente se alimenta
Se for demais faz doente a
Gente ficar
Na Semana Santa o coelhinho
É de chocolate
Se batido dói, dói muito
Todo o mês faz sangrar
Que tem bastante
O ovo faz a vida e faz a
morte


























Ya peyo é a cor
E a correnteza
Vem lá das missões
Na beira da estrada
Ou ta abichada ou
Tem marimbondo no pé
O paralelo 33 é para
Esta produção
Os judeus ou eram
Minerais ou eram vegetais
Laranjeira
No inverno minha terra
Tem


































?????

A calça, a gente
Bota ou a gente calça?
A bota a agente
Calça ou a gente bota?
A meia calça a gente
Bota ou a gente calça?
A gente bota inteira ou
Bota só a meia?
A gente calça inteira ou
a gente calça só a meia?


































Tem a chata, tem a caída
Tem a durinha, tem a grandota
Tem a branca, tem a preta
Os ginastas não tem nada
A das ginastas é bonitinha
A do jogador de futebol as
Mulheres adoram
Os velhinhos sentados ficam
observando
Quando tem bastante é
Abundância
O Brasil adora
A marquinha do sol fica linda
Acomoda a gente
Descansa a gente
Tem muita gente que gosta de dar
No açougue é polpa
A fruta também é polpuda
Mas o assunto é a bunda




























Posso ser louco
De tanto pensar
Tenho dor de cabeça
Outra vida quero para viver
Mais tranqüilo
Gostaria de não
Ter feito o que fiz
Gostaria de viver
Sem dor de cabeça







































A esperança é a última que morre
A gente morre e a esperança não acontece














































É
Nós fomos
Católicos
Socialistas
Comunistas
Protestantes
Capitalistas
Agora você mede o custo e o lucro
De ficar
Dinheiro move o mundo
Lucro, custo
Todo o teu amor
Custa caro
Eu não tenho
Para pagar
Vitória sua
Glória sua
Matemática das relações exatas
Eu emoção
Não tenho contabilidade do amor


























Saber que morrestes
É saber que nunca + vou te ver
Saber que morrestes
É saber que não estarás em outros braços
Saber que morrestes
É saber que não estará gemendo em outro apartamento
Saber que morrestes
É saber que não posso te encontrar numa rua qualquer
Saber que morrestes
Não é te querer mal
É saber que nunca
Mais vou escutar a tua voz
Saber que morrestes
É saber que o passado nunca
Vai voltar
Saber que morrestes
É nunca mais sonhar
Saber que morrestes
É não ter mais esperança
É saber que eu também morri
Saber que morrestes
É saber que terei que procurar
Em outro lugar o lugar que já passou
E nunca mais será o mesmo






















Talvez nesta vida
Não te encontre
Não encontraste o circulo de nossas vidas
O aço que cortou meu peito
Não foi o mesmo que cortou naquela noite










































Será que imaginas como estou hoje?
Amanhã nova será ilusão
Ilusão
Meu coitado coração
Será que imaginas? eu lentamente indo
Preciso fazer poesia
Poesia feita
Poesia declarada
Inundada em lágrimas
Porque até a lua me abandonou
Agora só inverno
O céu todo nublado
A chuva tomou conta do meu peito
Que lentamente em qualquer
Endereço para de bater


































Eu vi cachoeiras com lindas quedas de água
Eu vi uma casa com azulejos portugueses
Eu vi teus cabelos molhados
Saído da cachoeira
Eu vi você baixando as escadas desta casa
E tudo foi um sonho
Um sonho meu
Não importa o tempo que passe
Eu te possuí mais uma vez
Mesmo que não queiras
Mesmo que muitos vultos tivessem
Neste sonho
Eu te possuí mais uma vez
E quem vai roubar este
Sonho de mim
Eu te possuí mais uma vez






























Teus olhos eram lindos
Como um sol
Naquela noite
Em que me embriaguei
Com teus beijos
A passagem do teu corpo
Me embriagou
Vimos estrelas em um arco-íris
No fundo do mar
Quero te ensinar poesia
Que te fiz ao pé do ouvido
Sei que os amores passam
os amores passam
Era noite de primavera
Teus olhos brilhantes
Irradiavam energia
Mas os amores passam





























Basta um segundo
Para sermos felizes
Basta um segundo
Para conhecer melhor as pessoas
Basta um segundo
Para o concreto se tornar abstrato
Basta um segundo
Para o amor se tornar em ódio
Basta um segundo
Para o surto se tornar exorcismo
Basta um segundo
Para o coração disparar
É só escutar sua voz
Basta um segundo
Para a vida se tornar imortal
É só pensar que somos humanos









Viva os Tomates
Contam por aí, que dentro do tomatal, havia articulações de bastidores correndo solta. O comentário, que todos concordavam, era que depois que um certo grupo de ketchups, chegaram ao poder, estavam oprimindo a plantação, fazendo a natalidade dos pés de tomate aumentarem seu número e nasceram com falta de ar, doentes, quando isto acontecia o problema era resolvido com produtos químicos em grande quantidade, para que todos ficassem fortes e bonitos, é claro que tudo era artificial.
O certo era que a grande quantidade de tomates não concordava com toda aquela artificialidade, de beleza, de sabor e até mesmo de discursos dos ketchups.
Os tomates queriam era colocar outros no poder, outros que tivessem passado por todas as fases: de tomate, de extrato de tomate e ketchup, não queriam mais aqueles ketchups de carreira. O que todos se perguntavam era como mudar aquela situação, sendo que as discussões a respeito desse assunto, só aconteceriam dali a duas safras, e aí todos já estariam artificialmente formados, ou melhor, deformados.
Um grupo de tomates, reuniu-se no canto da plantação para discutir o problema. Concluíram que o melhor era que cada um daquele grupo formaria um outro grupo para, juntos, conseguirem descobrir mais problemas. Os grupos foram formados e somando se multiplicaram. Assim, os comentários a respeito dos furos da administração dos ketchups foram aparecendo.
Um dos mais graves era que havia um grupo de direita que derrubava os pés de tomates, os tomatinhos ainda novos, quando estes estavam doentes, fazendo a safra diminuir e aumentar o preço dos ketchups como os donos dos supermercados queriam. Varias já eram os agravantes: excesso de agrotóxicos, grupo de extermínio, opressão para faltar o ar e manipulação de preços, outro era que eles eram originários da China, de um molho de peixe da Ásia e vieram para a América pelos navegantes ingleses, sendo que , eles não poderiam chegar ao poder, pois não eram natos.
Não suportando mais a situação, todos começaram a fazer discursos pela derrubada do poder dos ketchups: discursos dialéticos da evolução do tomate, discursos contra o capitalismo e manipulação dos preços dos ketchups, discursos sociais que todos tinham direito à vida.
Foi desta forma, que todos os tomates, pegaram suas faixas e bandeiras e saíram para a estrada, manifestando seu descontentamento contra aquela forma de governo.
Quando os ketchups quiseram contornar a situação prometendo, adubos orgânicos para todos, menos pés de tomate por hectare, para aumentar o ar, diminuir os preços, dar maiores condições de saúde e espaço, já era tarde: A revolta tinha chegado a todas as plantações e os tomates unidos mudaram o poder convocando novas eleições, ainda nesta safra e que mesmo, os ketchups que fossem concorrer teriam que ter sido tomates, extratos de tomate para então chegarem a ketchups; Não poderia ter surgido ketchups acadêmicos. Assim, os tomates achavam que haviam criado condições sociais para todos concorrerem a cargos eletivos e cortavam a manipulação do poder pelo poder.
O bonito de toda esta situação de revolta, de luta, de derrubada de poderosos, havia a paixão dos tomates, o amor com aqueles, que ergueram suas bandeiras e concluíram sua autocrítica , tempo depois, que toda a luta do dia-a-dia, por mais difícil que seja, deve ser feita com muito amor e confiança. Foi justamente isto que eles fizeram, amaram os seus objetivos e o objetivo foi realizado, foi alcançado.
Sirineu Rocha (autor)
De Cadeira para Cadeira
Num dos cantos do mercado Público – sabe aqueles que vendem de tudo que a gente imagina: peixe, carnes, coisas de todos os cantos do país; que têm o teto bem alto e geralmente estão localizados perto do porto, lugar onde antigamente havia muito movimento – estava uma cadeira. Citada! Tinha um jeito antigo, suas patas eram cheias de voltinhas. Era feita de madeira e tela de palha e estava com uma das patas quebradas. Além de velha e quebrada, sentia-se doente e com vontade de rever e conhecer seus parentes: filhos e netos que foram viver em outros lugares.
A cadeira vivia mais era de recordações; dos tempos em que havia shows e grandes espetáculos, movimento dia e noite no mercado. Tempo em que ela era sempre rodeada de gente, e as cadeiras eram colocadas sempre umas perto das outras.
Mas de que adianta o passado? O futuro não lhe apresentava muita ou nenhuma possibilidade de ser feliz.
Além de ficar naquele canto, sujo e sem movimento, a única coisa que fazia era escutar a rádio do mercado. Uma rádio Am, que passava o dia todo falando em coisas de policia e apresentando musicas antigas. E foi justamente por isso que ela teve uma idéia: escrever para a rádio, para ver se localizava a sua neta, que era seu maior sonho na vida. Foi o que ela fez: escreveu uma carta, contando seu sonho.
Longe dali, dois ou três dias depois, uma empregada doméstica, que nas horas de folga, limpava as vitrines de uma galeria, localizou por acaso, no escritório de uma loja, uma cadeira com o mesmo sobrenome que havia dado na rádio – uma cadeira não muito nova, nem muito velha, daquelas de rodinhas embaixo, estofadinha, com um pequeno furo na costura do estofamento – e perguntou se ela conhecia uma cadeira magra, de madeira, com tal sobrenome.
A cadeira estofadinha se pôs a chorar, dizendo que sim, que era sua mãe, a qual não via há muito tempo; que não a procurava porque lá pros lados do mercado, não havia mais movimento. Ela contou, também, que havia saído de casa na época dos movimentos hippies,e que rodou o mundo, gostou dos Rolling Stones, fez protestos contra as guerras, e muitas outras coisas. Falou que teve uma filha, a qual fora criada com outra família, porque, na época, ela não tinha condições de cria-la e que, depois não quis atrapalhar a vida da cadeirinha.
Foi nesse instante que a empregada doméstica revelou que a cadeira do mercado estava procurando justamente, a neta: ou seja sua filha. “Então vou localiza-la e falar que ela possui uma avó, a qual está à sua procura”.
A cadeira estofadinha foi e colocou o anúncio na mesma rádio, procurando sua filha. Passaram-se os dias e nada de resposta. Ela, então pensou que a cadeira que procurava não escutava a rádio Am – era muito jovem e trocou de rádio; colocou o anúncio em uma rádio Fm. Porém, a resposta não veio. Procurou então na lista telefônica e o nome da família não constava. Ela ficou muito triste, pensou que tal família não morasse mais naquela cidade.
Mas não desistiu. Colocou o anúncio em uma Tv a cabo. Não é que a cadeira teve resposta? Um dia, quando ela menos esperava, o telefone tocou. Era a produção da Tv a cabo, avisando que haviam localizado a cadeira procurada. Ela estava em um shoping center, era de ferro e fórmica, toda colorida e trabalhava muito; só olhava Tv a cabo e tinha telefone celular, por isso seu nome não constava na lista telefônica. Esta tinha vontade de conhecer seus familiares, mas não sabiam quem eram, nem onde procura-los e que suas relações atuais eram comerciais e muito distantes, que ela sentia falta de uma relação mais íntima, onde pudesse confiar suas carências. Tudo isto acontecia por ela ser fixa na mesa de uma lancheria.
O encontro, então, foi marcado pelo pessoal da Tv e as três gerações ficaram felizes por terem se reencontrado e começaram a se visitar sempre que podiam.

sábado, 26 de julho de 2008

cá tô eu

sobre nós _ Etecetera e tal :
Posso dizer que somos originários de índios charruas, com certas palavras de uma língua que veio lá dos Andes, chamada de quichua, temos nosso dialeto, um portunhol, mistura de português e espanhol, somos fruto das terras neutrais, terras da mesotâmia, terras entre rios, entre o rio negro , no centro do Uruguai e o rio ibícui, no sudoeste do rio grande do sul.
Entre nossos costumes esta o chimarrão, chimarrão de pura folha da erva mate, não é um chimarrão de erva super muída , desta de pauzinho que andam por aí, nossa cuía( objeto feito de porongo ) é pequena, nosso mate é solitário, como a paisagem do pampa .
Portanto, somos um tipo de índio , com o pelo duro, como dizem os gringos do norte do estado , nossa etnia é uma mistura de brancos da espanha e de branco de portugal e o índio que nestas terras foi extinto .
Nossa cidade é uma fronteira entre o brasil e o uruguai, é uma conurbação, talvez a Única no mundo entre dois países, é claro, a gente sabe que existe entre
cidades de um mesmo país, mas entre países, nós somos poucos.
Eu busco conviver com a natureza, mas nossos governantes, é uma pena, não tem a consciência de buscar conservar o nosso espaço, por isso nosso micro clima esta sendo modificado, porque o banco mundial pelo lado do Uruguai financiou milhares de km2 de plantio de pinho para a produção de papel, para alimentar o consumo mundial, as correntes de ar que por nossa região passavam hoje estão buscando
outros caminhos, outras direções . Ora, o pinho é uma planta de fibras moles portanto, com muita àgua, isso gera uma evapotranspiração das plantas, que afeta as nuvens, desviando as correntes de vento, tudo isso me deixa triste em
saber que nossa regiaõ um dia não muito distante pode ser modificada e pelo lado do RS esta havendo um financiamento do BNDE.